24.12.08

Love will find a way



Antes de ler esse post clique aqui e o amor vai mostrar o caminho



Oi pessoas! :)
Hoje eu fiquei pensando sobre Jesus e sobre esse sentimento grandioso dá sentido à vida que é o amor. Não.. nada de amarguras hoje. São três horas e 16 minutos da matina e eu chorei. Chorei ao pensar no amor que Jesus dizia e no amor que meus quatro besouros de liverpool cantaram nessa linda canção que me lembra dos telhadinhos de londres.Me lembrei de um filme chamado "Uma lição de amor" que pra mim é o maior filme sobre amor já feito. Deviam exibi-lo nesses tempos de natal em vez daquelas coisas chatíssimas tipo "a arca de noé", "abraão e seu cajado" e tal. É que o natal deveria ser a festa de comemorar o amor, apenas isso.Alguém pode me explicar por que é que a gente se esquece da essência do natal?
Ah estou em casa e estou tão sozinha! Chorei diante do espelho ao lembrar que há tempos eu vinha tentando esconder o meu amor de tanta gente, inclusive dos meus pais. E amanhã é véspera de natal e eu não devia estar feliz só pra contrariar as regras. Eu devia estar com a cara fechada na mesa, dizendo profecias ruins a mim mesma e olhando pra rebeca a sorrir na janela, me mostrando que sou grande, maior do que o universo! Mas o amor é bonito porque te faz sentir pequeno e eterno em vez de grande e fugaz. O amor é o tipo de coisa que eterniza a gente e nos lembra que precisamos estar unidos pra respirar, contemplar o céu, aprender sobre a vida e para não enlouquecer de tristeza. Porque a felicidade simplesmente não existe se não puder ser compartilhada. A felicidade não existe sem amor e sem um natal que nos faça pensar na poeira que vai restando de todas as coisas. Sim, essa vida passa rápido como um espetáculo de circo. E eu é que não quero ser o palhaço triste...
Mas amanhã eu não vou mais chorar. Eu quero dar um beijo na minha mãe e dizer que eu a amo! Como eu pude ter me esquecido que essa existência se esvai rápido enquanto a gente fica lutando pra endurecer o coração e sair correndo, pra qualquer lugar com as pernas fortes e a mente cheia de idéias.Como pude ter esquecido que nessa vida todas as coisas vão passar, e eu continuo aqui, deitada, lutando contra meus demônios em vez de mergulhar no azul profundo de um abraço. Hoje eu quis ser grande, singela. uma princesa de alma! Chorei de felicidade de ter dado um tiro em rebeca e ter me permitido a ser sublime, digna de amor. Conclui que amor não é uma coisa da qual a gente deve tentar fugir nem esconder. O amor é um tesouro precioso, um arco-íris que faz a gente ver que a chuva passou. E por mais que isso soe um post de" espírito natalino e auto-ajuda água com açúcar de almanaque" eu estou feliz, lembrando do sorriso dos meus amigos, do olhar do meu pai e do cheiro da minha mãe. Eu poderia sumir, desaparecer e me tornar uma estrela no céu. Mas só amanhã na noite de natal.É que eu quero imaginar que nem que seja por um dia o mundo se encheu de paz e todos, ricos , pobres, negros, brancos, crianças, idosos, mulçumanos, católicos, todos se curvaram diante do amor. É que no presépio há uma luz que intriga as pessoas a mais de 2000 anos... E para mim o natal devia se chamar "amor", simplesmente isso.

Esse post repetiu 17 vezes a palavra "amor"


All we need is love, queridos!

e que todos se rendam aos encantos do natal!

(nika)

20.12.08

" Hoje eu tô sozinha...


... e não aceito conselhos!
Vou pintar minhas unhas e meu cabelo de vermelho! "


Blog = válvula de escape!
Vazio imenso, sentimento nostálgico!
Quero ser criança pra me alegrar ao ver um balão!
Quero pular fases e viver tão intensamente o futuro!
Contraditório, reconheço!


Alguém me ensina como saber viver?


by POPS

17.12.08

Saudades



Buenos meus queridos, não é difícil não notar que essas férias ando mais amarga, calada e todas essas coisas que uma pessoa não deve ser em tempos de natal.
Deve ser saudades do beco e das maravilhosas que me acolheram em belo horizonte ( pedro, beto, lucas e companhia), das pessoas incríveis que conheci no meu primeiro período completado em uma faculdade, depois de tantos iniciados. (ufa!)
Poderia citar tantos nomes de estrelas que permeiam minha noite acinzentada...

Ah e o meu beco! Hoje fiz um copo de vódega com sei lá... kissuco pra mim mesma acendi uma cigarrilha e fiquei pensando que aquele beco é mais do que um beco escuro ofuscado pelas obrigações acadêmicas e dramas da juventude. O beco é um observatório das estrelas, um lugar pra se contemplar o céu e o mundo

ah! eu luto tanto pra diluir no fel da cachaça essa minha alma água com açúcar, mas não há como esconder:

eu amo vocês, porra!

Abraços saudosos de uma puta/idosa/bomba/trava apaixonada

(nika)

Apenas Um Conto de Feliz Natal


O nome dela era Rebeca mas todos a conheciam como baby satanás. Tinha o rostinho redondo e um sorriso infantil que enganava a todos que a questionavam aquelas singularidades rotineiras: como vai a escola, meu bem? Ela ria, como uma bruxa ancestral e parecia entender todos os mistérios ocultos do universo. Vivia sentada nos cantos, debochando internamente de todas as coisas com um olharzinho irrequieto e sarcástico. Parecia uma vilã,sempre na cena final do crime, todo mundo a cercando e a condenando. Apontavam-lhe os dedos e faziam acusações pavorosas, e ela sabia que era só uma tentativa de corromper o quartzo azul escuro do seu espírito, sua liberdade excessiva. Ela entendia que tudo era desejo secreto e desesperado dos outros que não conseguem ser anômalos. Ela não! Tinha decidido por si só a ser uma aberração, a mais insana de todas as garotas.
Boa tarde, Rebeca! Ela parecia ter estudado à fundo em seus devaneios sobre a hipocrisia das pessoas. e ninguém mais sabia se ela era menino ou menina se tinha amigos, namorado, ideais, se mentia ou se dizia a verdade porque pra ela nada disso importava. Quando a penumbra dava o ar da graça, só se ouvia os passos na escada e ela saia noite à fora, desaparecia qual fumaça na escuridão.Todos se punham inertes, pais, tios, conhecidos, profissionais - todos eram impotentes diante do pequeno anjo caído, cravando as unhas negras em cima da sua própria desgraça. Todos discutiam, tentando achar soluções e secretamente, gozavam e a admiravam. Os velhos invejavam a sua juventude e os fracos admiravam a sua coragem, mas andavam por aí metendo os bedelhos com suas línguas ferinas em buracos de cupins. Os castos e beatos proclamavam: essa menina é o demônio! e ela gostava e sorria. Porque na verdade Rebeca sempre tinha achado o mal mais interessante, verdadeiro e muito mais humano poder assumir a sua imundice em vez de viver por aí, pintada com lixo escatológico em forma de anjo de gesso,sorrindo e se quebrando o tempo inteiro. Rebeca entendia sobre a passagem do tempo e o sentia escorrendo, gota a gota, como uma hemorragia inevitável de um corpo abandonado em um canto qualquer. E era assim que ela se sentia, abandonada pelo mundo e por deus em um ano de dois mil e tantos e toda aquela merda de tecnologia, ciência, Vênus, Júpiter, e nada nem ninguém conseguia diminuir um centímetro da profundidade da sua dor. Poucos anos ela tinha e pra ser sincera, ela tinha quase acabado de nascer e estava imunda, triste, e cheia de cicatrizes. Andava pelos becos do mundo com seus sapatos batizados pela lama da estrada, suas moedas de zinco frio, quase cortante, inúteis e mendigados trocados que produziam sinfonias estridentes no abismo do seu espírito sombrio. Não era difícil notar que dentro daquela alma continha o livro de um passado cheio de perguntas e poucas respostas. E o amor, Rebeca? Os espectadores perguntavam amedrontados, e ela respondia: Oh o amor? O amor é uma mentira, como tanta coisa nesse mundo. O destino estava escrito no presépio, a cruz esperava o deus menino antes mesmo que ele nascesse.

Feliz Natal Rebeca ! Natal é o cacete! Invenção da sociedade capitalista e ela sabia. O mundo ia continuar o mesmo, ela ouvia os cortes e os gritos de dor do mundo inteiro. Rebeca tinha o cabelo azul, fumava e nunca conseguia relaxar, parecia uma bruxa antiga, a mestra de todas elas. E foi assim, ela tinha nascido de um delírio e sabia que de um delírio ia sucumbir. Tomou três tiros secretos no jardim : CA-LA-TE , fedia a pólvora, ferrugem e inocência podre aquela hora de sua morte.O cabelo azulado,os olhos fitando o nada, as mãos tentando se apoiar trêmulas a alguma ponta imaculada do passado, da infância que acabava de se perder. Era nova e infeliz aquela sensação de ter se assumido fraca, humana, sem noite de natal que a reificasse. No momento em que rebeca fechava os olhos e a sua existência sumia, ouviam-se os sinos natalícios e o sangue azul denso se esvaia, por todos os lados “Já nasceu o deus menino para o nosso bem” E a heroína, levou sobre si a culpa em vez do castigo, desapareceu, sem deixar rastros.Agora Rebeca é um silêncio que pulsa, sufocado no íntimo, estranho...

Muito bem, meus caros, a rebelde rebeca se foi e agora? O mundo continua se recombinando com as mesmas tralhas de misérias e mistérios. Dizem que no natal se sente com maior intensidade a fragrância do amor apaziguando os corações, o bem vence o mal e o mundo permanece igual. Pobrezinhos de nós que nascemos em belém e continuamos eternamente deitados em nossas manjedouras. E o que Rebeca se perguntava ninguém soube responder e demonstrar na prática vil do cotidiano, que nada tem a ver com as festas e seus mitos. Rebeca só queria entender as coisas que realmente importam:

O que é o bem, o que é o mal?

O amor muda mesmo todas as coisas?

Onde anda Deus?


Ninguém sabe... Feliz natal!


(A todos que ainda procuram respostas em vez de velhos caminhos)



(by nikss)

13.12.08

Sobre masoquismo


Cutucar o passado é inevitável.

by Polly

7.12.08

Pra chegar até aqui...


É hoje...
Um ano de estudos, de dúvidas, dedicação se resumirão numa prova!

Aquela que tanto temi!

O que for pra ser, será!

E a minha felicidade de fazer o que eu mais sinto prazer
depende disso!



E que venha 2009, começando com uma prova de segunda etapa e, um mês depois, um curso fantás
tico com muitas cores, tecidos,roupas, desenhos e satisfação!


by POPS

5.12.08

A estrada não era tão cariada assim...







Finalmente eu posso postar aqui tranquila, sem ter que contar o tempo e sem me preocupar que ainda falta aquele trabalho para fazer ou aquela prova para estudar.Voltando do meu último dia de aula do ano - que foi ontem e eu enrolei pra resolver postar - e olhando pela janela do branquinho amigo que me poupa longas caminhadas, pensei sobre o que escreveria aqui, no meu primeiro dia das minhas merecidíssimas férias (ok, agora já é o segundo dia).

E eis que sentada no banco do ônibus, algumas lágrimas sorridentes começaram a cair. Tomei consciência de que passei quase um ano inteiro aqui. Longe da família, mas criei uma nova família e longe dos amigos, mas construí novas amizades. Encontrei até um amor, que eu não posso chamar de novo, porque eu acho que é o primeiro.

Foram festas, uma mudança de casa no meio do ano, dezenas de caras novas preenchendo meus dias, provas fáceis, provas malvadas, trabalhos que eu fiz e que foram feitos pra mim, frituras todos os dias, várias reclamações sobre dinheiro, momentos-Macabéa e até momentos da chatinha Poliana...

O balanço de tudo isso é bom! Muito bom! O ano de 2008 foi fantástico! Principalmente se for considerado que meu último Revéillon foi passado dentro de um carro, encolhida e deitada no banco de trás e chorando porque a segunda etapa do vestibular estava chegando e eu achei que não ia passar, que eu era uma fracassada e principalmente porque a minha vida naquela época, acreditem, estava muito ruim de verdade. Quando a contagem regressiva mental começou, não pude deixar de pensar: "em que merda de ano eu tô entrando, será que eu não posso ficar aqui não? Será que eu posso ficar em 2007, por favor?"

E nesse ano em que eu entrei com dois pés esquerdos, que foi 2008, o que eu tive foi a oportunidade de viver uma vida diferente, a vida que eu queria e não a que queriam pra mim. Alguns sonhos mirabolantes ainda estão por se realizar, mas quem disse que sonhos não são bons? Eles têm asas, enquanto a realidade só tem pernas. Às vezes, a realidade dificulta e tem uma perna só. E o mais legal é que a gente pode ser sacana e rir dela.

Eu ri! E por isso estou aqui em Belo Horizonte, vivendo um sonho que eu julgava impossível.

by Polly

2.12.08

Como surgiu a paixão




No início, quando a terra ainda era habitada por iaras, curumins, cocos mágicos e feitiços que imploravam para desabrolharem, andava por aí uma indiazinha chamada Taci. Ninguém sabe ao certo como ela aparecera ao mundo, se ela era a filha feia e mais moça do Vento ou se ela simplesmente tinha brotado da lama, gestada dentro de algum lodo purulento e permanecido por aí, a vagar pelos prados escuros contemplando a valsa interminável do Sol pela terra.Os Maués contam que não havia animais nessa época, apenas insetos e grossas baratas que serviam de alimento para os seres. Os seres por sua vez, rastejavam e quando andavam, possuíam os cotovelos invertidos e por isso jamais podiam se abraçar. Apenas os curumins existiam do mesmo modo como são hoje, inocentes e cheios de perguntas, brincando pelos lençóis d’água da mãe terra, fazendo redemoinhos e fecundando tudo com o pólen das flores. O mundo tinha cheiro de fertilidade e no meio deste universo pulcro estava Taci, troncha, curvada, sozinha, acinzentada e pequena.
Tudo que se sabe é que Taci era medíocre e triste. Prosseguia vivendo como uma praga que subsistisse sem razão, sugando seiva de qualquer tronco sonolento, dormindo em qualquer gramínea muda, aguardando que morte saísse escura das profundezas do rio e a abraçasse, porque Taci simplesmente não fazia sentido e nem o queria; era como uma mosquinha pequena, minúscula e ninguém a notava. Jamais um curumim teria pousado os olhos sobre ela ou jamais teria ela recebido em seu olhinhos oblíquos um feixe de luz qualquer.
Diz a lenda que um dia Taci estava vagando, por acaso à beira de um rio quando viu, pela primeira vez o Majestoso sol. Ah aquela luz fumegante explodindo no céu, ardendo vivamente sobre todas as coisas era a tudo de mais lindo que Taci contemplara em toda a sua vida. Naquele dia Taci ficou olhando o sol até que seus raios se enchessem de uma luz vermelha e lilás e as nuvens se desfizessem uma a uma no baile do céu e o mundo, após aquele espetáculo magistral, voltasse a ser uma completa escuridão.
Assim, no outro dia Taci sabendo onde o sol se escondera, voltou à beira do rio para contemplá-lo e dar sentido à sua existência inacabada. De coração ardente e enamorado, começou a subir cada vez mais os picos e morros, com seu corpinho desmazelado e atrofiado ela sentia a única vontade no peito de contemplar mais de perto aquele astro que iluminara a sua vida. O Sol, sozinho que era, passou a notar aquela indiazinha solitária que o observava em todos os espetáculos, desde a hora impetuosa em que nascia até quando ia descansar.
Um dia, a morte saiu tenebrosa do fundo do rio para passear e arrebatar as criaturas desprovidas de sentido que vagavam pela terra. Naquele dia chovia e o sol se escondera. Taci tinha voltado a sua mediocridade e protegia-se numa caverna quando a morte a encontrou e a esmagou para sempre, arrastando a sua existência até um canto desconhecido. No outro dia, quando o sol tornou a aparecer, procurou por Taci e ficou tão triste que chorou uma chuva de raios quentes em cima do corpo imóvel da indiazinha morta. Depois, abraçou-a com seus braços em chamas e amou-a de tal forma que ela cresceu e encheu-se de luz. No entanto, o sol precisou deixar Taci em algum lugar do espaço para continuar a sua dança mestral por entre as nuvens, circulando estatelado e apaixonado ao redor da terra para ver a sua amada e presenteá-la com raios de luz. De tanto amor, o corpo acinzentado de Taci cresceu e tornou-se redondo, como um diamante raro e magnífico preso no céu.
Os seres ao contemplarem tanto amor entre o sol louco e apaixonado e o boião prateado que aparecia iluminando a escuridão, começaram a sentir vontade de experimentar do amor mas não podiam se abraçar, posto que seus cotovelos eram invertidos.
E toda noite quando o sol já tinha terminado a sua dança ele se punha a chorar de saudade de sua amada, fazendo com que pingos luminosos e brilhantes aparecessem no céu e caíssem todos ao redor de Taci, enfeitando-a com estrelas fulgurantes.
Só assim, observando a força da paixão é que as criaturas se esforçaram para ficarem mais próximas uma das outras e tentaram se entender e se abraçar. De toda aquela angústia de não conseguirem é que surgiu a paixão, o desejo forte e incompreendido do abraço que sempre piora à noite, sob a luz da lua.
Desde então enquanto existir no céu uma noite coberta de estrelas e um sol enamorado, cumprindo obstinadamente a sua dança, sempre haverá no mundo, sedento por um abraço, um coração apaixonado a contemplar a lua...


(Conto dedicado ao meu saudoso pai, que me ensinou a crer nas lendas)

By Nika